Para assegurar um faturamento hospitalar eficaz, é crucial compreender cada procedimento e suas particularidades. Neste artigo, exploraremos o conceito de filme radiológico e sua relevância no setor de saúde e faturamento hospitalar. Convidamos você a se aprofundar nesse assunto conosco.

O QUE É FILME RADIOLÓGICO E QUAL A SUA FINALIDADE?

O filme radiológico pode ser comparado a um papel fotográfico especial que os profissionais médicos utilizam para visualizar o interior do corpo humano. Durante um exame de raio-X, os raios passam pelo corpo e alcançam o filme. As áreas mais densas, como os ossos, bloqueiam mais os raios, resultando em partes brancas na imagem, enquanto as regiões menos densas, como a pele, permitem a passagem dos raios, criando áreas escuras. Essa técnica pode ser vista como uma representação em forma de sombra.

Por meio da análise das variações entre as áreas claras e escuras, os médicos conseguem diagnosticar fraturas, doenças e outras disfunções. Assim, essas imagens se tornam vitais para o diagnóstico, planejamento terapêutico e seguimento do paciente.

Mesmo com os avanços na tecnologia, como tomografias e ressonâncias magnéticas, o filme radiológico ainda é amplamente utilizado devido à sua confiabilidade e ao custo acessível.

FILME RADIOLÓGICO NO FATURAMENTO HOSPITALAR

Para efetuar um faturamento adequado por procedimentos que utilizam filme radiológico, é fundamental que hospitais e clínicas sigam a tabela de preços (AMB ou CBHPM), conforme o convênio estabelecido com a operadora de saúde.

A tabela determina a quantidade de filme necessário para os exames, enquanto o contrato com o plano define o custo, em reais, do metro quadrado do filme.

É importante ressaltar que o valor do metro quadrado do filme radiológico é definido anualmente pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Confira abaixo a evolução dos preços ao longo dos últimos cinco anos:

  • 2024: R$ 38,54
  • 2023: R$ 36,88
  • 2022: R$ 34,92
  • 2021: R$ 31,59
  • 2020: R$ 30,03

COMO CALCULAR O VALOR DE UM RAIO-X PELA CBHPM

Para estabelecer o preço de um raio-X utilizando a CBHPM, que é a tabela mais utilizada atualmente, o profissional deve considerar três fatores essenciais que estão descritos no contrato com a operadora de saúde e na tabela:

  • Filme: a quantidade de filme radiológico empregada durante o exame.
  • Porte: representa o nível de complexidade do serviço prestado pelo hospital, influenciando o valor total.
  • Unidade de Custo Operacional (UCO): índice que reflete os custos operacionais do hospital.

EXEMPLO PRÁTICO DE CÁLCULO:

Vamos imaginar a determinação do valor de um raio-X, considerando as seguintes informações:

  • Filme: 0,1440 (que equivale à área do filme em metros quadrados)
  • Porte: 1B
  • Custo de Operação (UCO): 1,220

VALORES DE REFERÊNCIA:

  • Valor do metro quadrado do filme: R$ 38,54 (preço para 2024)
  • Fator multiplicador do Porte 1B: R$ 20,00 (valor fixo para este porte)
  • UCO base: R$ 11,50 (valor base definido pela CBHPM)

CÁLCULO DE FORMA DETALHADA:

  • Custo do Filme: 0,1440 (Filme) X R$ 38,54 (Valor do m²) = R$ 5,54
  • Custo do Porte: R$ 20,00 (preço fixo para o Porte 1B)
  • Valor Operacional: 11,50 (UCO base) X 1,220 (Custo de Operação) = R$ 14,03

Resultado Final: R$ 5,54 (Filme) + R$ 20,00 (Porte) + R$ 14,03 (Custo Operacional) = R$ 39,57

Assim, o valor a ser faturado por este raio-X, levando em consideração os parâmetros fornecidos, seria de R$ 39,57. Lembrando que variáveis podem surgir, dependendo do contrato com cada operadora.

Tem mais alguma dúvida sobre o filme radiológico no faturamento hospitalar? Se sim, não hesite em mandar sua pergunta para nossa comunidade disponível em https://saudeemcontas.discourse.group/.